JOSÉ MARCELINO DE OLIVEIRA-UM POUCO DA VIDA E OBRA

  


JOSÉ MARCELINO DE OLIVEIRA

INAUGURAÇÃO DA PREFEITURA

REPORTAGEM DE UM JORNAL DO ESTADO

                                                   INAUGURAÇÃO DA PREFEITURA


 José Marcelino de Oliveira, filho de Marcelino Cavalcante Américo e Severina Marcelino de Oliveira, nasceu no município de Alagoa Nova-PB no dia 23 de novembro de 1910. Mudou-se para o sítio quintos com sua mãe e seu irmão Severino Marcelino de Oliveira, e nesta localidade conheceu e casou-se com Marina Bezerra. Desta união nasceram dois filhos: Epifânio Marcelino e Emília Bezerra Barreto. Era agricultor e durante muito tempo empresário do ramo de mineração, até se envolver na política.

Foi vereador pela cidade de Parelhas representando o nosso distrito, sendo o mais votado . Em 1942, obteve do interventor federal do RN a verba para construção da Escola Isolada Casa do pobre.
O primeiro serviço telefônico da cidade, chamado de sonofone (telefone de mesa), construído por ele com recursos do próprio bolso e durou 24 anos sendo substituído por um sistema mais eficiente.
Conseguiu as verbas para a construção das escolas de Quintos e Jacú. Na época que a nossa cidade ainda era distrito de Parelhas, no ano de 1946, um número muito pequeno de pessoas votou por causa do alto índice de analfabetismo e, nessa altura ele criou por conta própria o professor ambulante, tendo como profissional o senhor Santino Felipe. Por causa deste trabalho o número de eleitores em 1950 já era de 200 pessoas.
Em 1951, conseguiu a verba para construção do Posto Fiscal de Equador.
Em 1960, adquiriu com o governo do Estado a construção da Escolas Reunidas Professora Isabel Ferreira.
Lutou e articulou com outros políticos a Emancipação política do município que aconteceu em 17 de março de 1963.
Eleito com o voto popular, exerceu o mandato de primeiro prefeito entre o período de 31/01/1964 a 31/01/1969.
Exerceu ainda um segundo mandato de prefeito entre 31/01/1973 a 31/01/1977. Candidatou-se uma terceira vez mais perdeu a eleição para o candidato Francisco Grangeiro Diniz que era apoiado pelo prefeito da época, Francisco Sabino de Oliveira.
Como Prefeito realizou muitas coisas importantes e construiu:
-A primeira prefeitura Municipal e câmara de vereadores;
-O prédio dos Correios e telégrafos;
-17 escolas rurais, entre elas o grupo escolar do sítio Pau dos Ferros e Caiçara;
-O parque infantil;
-A biblioteca, Monsenhor Amâncio Ramalho;
-O abrigo de menores.
Um dos grandes feitos deste grande homem foi conseguir junto a SUDENE e o governo do Estado a substituição da energia de motor pela eletricidade de Paulo Afonso administrado pela COSERN. Na época era muito difícil trazer a rede de energia direto do RN e José Marcelino viajou até o Recife para conseguir autorização e conectar na rede elétrica da PB.
Além do terreno do Estádio padre José Galvão que fica no bairro Alto do Juazeiro, Adquiriu junto ao governo do estado uma das obras mais importantes da cidade que é o Hospital e Maternidade que homenageou a sua esposa falecida Marina Bezerra.
Zé Marcelino ou padrim Zé como muitos chamavam foi um homem a frente do seu tempo e com suas roupas sempre brancas se destacava como um líder político, cidadão e empresário que muito contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da nossa cidade.
Seu falecimento ocorreu nesta cidade no dia 7 de setembro de 1993, aos 83 anos de idade.
Fotos: Berg Braz
Contribuições : Haroldo Balduino


HISTÓRICO DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM EQUADOR-RN



       A Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Equador-RN, teve seu início nos primórdios dos anos 70, quando, para glória do nosso Deus, chega a este lugar o Pastor Raimundo João de Santana (In Memoriam) vindo da cidade de Parelhas e realiza o primeiro culto e, juntamente com alguns irmãos abre o trabalho de Deus nesse lugar.

      No mês de junho de 1970, o irmão Severino Anísio (In Memoriam) vindo da capital do Estado, assume a direção dos trabalhos; os cultos são realizados em um pequeno salão alugado na Rua José Francisco. Passados alguns tempos, o Senhor Alírio Balduino (In Memoriam) doa um terreno localizado na Rua São Sebastião.

       O número de irmãos era bem reduzido e as condições eram as mínimas possíveis, mas com muito esforço, dedicação e ajuda advinda da capital, o irmão Severino Anísio consegue construir o templo onde os irmão passaram a adorar a Deus com mais dedicação e vigor espiritual.

      À medida que o tempo passa Deus vem abençoando a sua igreja, vários pastores já deram a sua contribuição e hoje contamos com mais de 200 membros, além de muitas crianças, jovens e adolescentes. A igreja realiza batismos, santa ceia, casamentos, congressos de jovens e senhoras, cruzadas evangelísticas e outras atividades. Realiza culto de missões, libertação, ação de graças, estudos bíblicos, escola dominical, etc.

      Durante um longo período de sua história, a igreja foi dirigida por alguns irmãos locais que muito contribuíram na expansão do reino de Deus, dentre esses irmãos, podemos citar:

Bernardino dos Santos (In Memoriam)

Inácio Theodósio (In Memoriam)

Francisca Donato (In Memoriam)

Maria de Dé (In Memoriam)

Rita Limeira

Francisco Sales

Iran Souza

Moacir

      Com o passar do tempo, Deus foi abençoando e a igreja começou a receber pastores para aqui residirem e continuarem a obra do Senhor.

1º Severino Anísio ( In Memoriam)

2º Martin Alves da Silva – atual presidente da Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte

3º Francisco Raimundo (In Memoriam)

4º José Bento da Costa  (In Memoriam)

5º Nazareno Maranhão (In Memoriam)

      De 90 a 92 Parelhas era responsável enviando irmãos para dar assistência à obra do Senhor.

6º Josemar Belarmino – 93/96

7º Romão Monteiro Galvão – 96/2000

8º Amauri Félix 2000/2002

9º Romeu Fernandes Veras Júnior – 2002/2007

10º Severino Ramos – 2008

11º Romualdo da Costa – 2009/2016

12º Erivan Martins – 2016

      O primeiro Círculo de Oração de Senhoras foi realizado em 09 de junho de 1987 na direção do pastor José Bento da Costa, as dirigentes foram sua esposa irmã Anália, irmã Sebastiana e irmã Cícera. O primeiro Círculo de Oração de Mocidade realizado em 27 de junho de 1987 sob a direção da irmã Bernadete, ocasião em que existiam apenas 2 jovens e 3 pré-adolescentes.

      O departamento de senhoras teve início no ano de 1996 na direção do pastor Josemar Belarmino, as dirigentes eram sua esposa irmã Ezilda, Cícera, Sebastiana e Claúdia Barbosa.

      À medida que o tempo passa, a igreja caminha no mover do Espírito Santo, hoje conta com mais de 300 irmãos, sendo 200 membros, 140 congregados, incluindo crianças e adolescentes, seu corpo ministerial é composto por 3 presbíteros, 02 diáconos e 15 auxiliares que se distribuem para realizar a missão que Deus tem designado.

     Atualmente, nossa igreja também conta com mais três congregações além de pontos de pregação na zona rural. Dispõe de vários departamentos dentre eles o Departamento Feminino – DEFADERN, o Departamento de Jovens – DEJAD, o Departamento Infantil – DEPIN, o Projeto Mãos que Ajudam, cujo objetivo é ajudar as pessoas no plano material, social e também espiritual, temos ainda o Conjunto de Senhoras Heroínas da Fé, Conjunto da Mocidade Renovo de Davi, Conjunto de Crianças Estrela da Manhã, o Grupo de Louvor El Shamáh, a Bandinha Renovação, o Departamento de Missões e a Comissão de Visitas. Todos esses departamentos desenvolvem inúmeras atividades em prol do reino de Deus.



QUANTOS ANOS TEM A IGREJA MATRIZ DE EQUADOR?

 Sabe quantos anos tem a nossa igreja Matriz?

O início da construção foi 11/12/1925 e concluída depois com o trabalho realizado principalmente pelo vereador José Batista de Oliveira. De acordo com esta data de início, a nossa matriz completará em dezembro 97 anos.


EQUADOR-ELIZIANE BALDUÍNO



 Equador-por Eliziane Balduino 


E as memórias me chamam

Me imploram pedindo uma narração

De cada recanto desse paraíso

Cada via, era uma artéria do meu coração.


Quando painha parava em João Galo

Colocar a prosa em dia era sentença.

A ansiedade tomava conta,

E a demora se tornava imensa.


E a festa começava ainda na estrada

Que do alto já se dava para ver

O telhado das casas, o sobrado,

Chegando na ponte de Maria Pê.


A vontade de chegar era um mundo,

Mas ali na entrada tinha uma parada.

A corrente do posto era o passaporte

Nenê do posto com sua risada.


Bem ao lado, outra paradinha,

Ter a benção de Homero e Isaura 

Um Papinho com Sr. Mariano,

Já na chegada, alegria exaura.


Arquitetura que era a história,

Prédios, bodegas, esquinas,

Sinucas, igrejas, açougue, mercado,

E o nobre sobrado de Generina.


Mas a casa estava logo ali,

E o carro enfim parava.

Nossa casa, humilde, feliz

De braços abertos nos esperava.


E no boca a boca,

No disse me disse da cidade,

A notícia se espalhava,

Já chegavam as amizades.


Meu pai logo ia às ruas,

Cada esquina dava uma assembleia.

Os amigos reunidos,

Prosa, riso, negócios, tanta ideia.


E a gente eufórica, rica

De vivências, vaivém.

Desenhava a natureza

De quem nos queria bem.


Nós trazíamos na bagagem

Amor, carinho, alegria.

Pra distribuir com todo mundo

Durante aqueles áureos dias.


Como esquecer os detalhes

De tanta coisa vivida.

O barulhar das pedrinhas,

No chão, nas mãos, na partida 


E o balanço da rede,

Os voos nos levavam ao alto.

Brincar de patins na praça

E de beijoca, ah! Que barato!


Eu sinto forte em meu rosto

Os pingos doces nos banhos de inverno

Arrodeando o mercado,

Raios, trovões, quanto esmero.


E a voz de d. Cleonice

Ressoa no meu ouvido

Na difusora que espalhava

O anúncio, a morte, a notícia, um mito.


O fim da tarde orquestrada

Por um concerto sem igual

Pelo relinchar dos jumentos

Que som ímpar, sensacional!


E quem não caiu no poço,

Esperando alguém tirar,

Era um jeitinho inocente

De aprender a beijar 


No largo da igrejinha,

Ou nos batentes da matriz

Namoro amizades, brincadeiras,

Aprendendo a ser feliz.


E as festas tão esperadas,

Carnaval, são João, são Sebastião.

Era uma preparação constante

Aperto no coração.


Quando o Natal chegava

Quão belas cestinhas havia.

Pedir festas, tradição

Receber com garantia.


Aderbal, Manoel Alfredo, Zé Marcelino,

Zé Alfredo, Zé Soares, Dodó, Chico Fumeiro, ou Granjeiro.

Oliveira, Liro Balduíno, João Viana, Ciço, Severino Marcelino, Zequinha sanfoneiro.

Davam festas: bombom, pipoca, chocolate e até dinheiro.


Ah! Como esquecer nas festas,

Tanta coisa boa que tinha.

Pavilhão, procissão, baile,

Namoro com força, top de linha!


E conhecer o cinema

Daquela forma tão peculiar,

Mexia o cérebro da gente,

Cabeça, corpo, mente, ar.


Levar a cadeira pro mercado,

Esperar ficar escuro,

A projeção na parede,

Meu Deus, aquilo era ouro. puro!


E aos domingos, que tradição.

Missa e feira na hora certa.

Pé. Raimundo e a cidade

Celebrando Equador completa.


E na igreja "dos crentes"

Tinha a escola dominical,

Minha vó Chiquinha e outros servos

No seu próprio ritual.


Essa cidade tem narrativa

Pra preencher todo o Geo.

Não há poema que cesse

O glamour , o doce mel.


Enfim, Equador, ecoo em pranto,

Clamo ao teu poder público meu grito.

Não permitam que mal te aconteça

Só te façam crescer, ser mais bonito.


Hoje Pãozinho de Açúcar,

Não menor para minha euforia,

Te entrego  meu amor aos montes

Nesse idílio, nessa poesia.


Numa saudade infinita, para meu EQUADOR!

15:09

Eliziane de Oliveira Balduíno

14/07/2018

AS CASAS DE TAIPA EM EQUADOR.

A nossa cidade atualmente tem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) considerado de médio desenvolvimento, mas nem sempre foi assim! Até os anos de 1997/2005, éramos considerados uma das mais pobres do estado do Rio Grande do Norte. Era comum, termos várias casas de taipa as margens da RN 086 que abrigava várias famílias. As casas feitas de barro e de madeira, era a expressão mais forte do desejo destas famílias de possuírem sua residência própria.

Engana-se quem pensa que essas moradias ocupavam apenas o Alto da Bela Vista que era conhecido por catrocé. Em vários lugares e pontos da área urbana de Equador poderíamos encontrar casas neste estilo e até ruas inteiras com estas formações de barro cru. Um exemplo disto era a sequência de casas que encontrávamos após o portal do Conjunto COHAB (Alto do Juazeiro), Rua Marechal Costa e Silva e Rua Benedito Tavares. Em outros locais da região urbana também era comum a presença deste tipo de construção.

A erradicação veio na administração do prefeito doutor Vanildo, aliado ao governo do estado que criou um programa de erradicação das casas de taipa em nossa cidade e alterou a paisagem destes locais. A rua de casas do conjunto COHAB foi transferido para outro local e construído moradias de alvenaria com uma estrutura bem melhor.

Obs: Complementando a informação: antes do projeto de erradicação total, o prefeito Francisco Sabino de Oliveira construiu casas de alvenaria na rua Marechal Costa e Silva e O prefeito Francisco Grangeiro Construiu algumas casas no Alto da Bela Vista. ( Informações de Zenon Sabino e a moradora Maria Aparecida Ferreira.)

Foto: Facebook do ex-prefeito Zenon Sabino





OS ANTIGOS TANQUES NATURAIS DE MARIA PÊ

 Os tanques de Maria Pê não tem mais a mesma grandiosidade de outrora e sinceramente me pareciam ser maiores. Em um tempo que a nossa cidade não tinha água encanada, era deste lugar que muita gente abastecia suas casas na época chuvosa.










O RIACHO DE MARIA PÊ

 Falar sobre memórias de Equador e não falar do Riacho de Maria PÊ é mesmo que nada. Quem vê hoje este córrego morto e poluído, não imagina que um dia este era um lugar de muita utilidade para a cidade e diversão para todos. Este riacho oficialmente registrado no IBGE como “riacho Equador”, popularmente é conhecido por todos como Rio de Maria Pê, nome em alusão a antiga proprietária do terreno. Existia no leito deste regato, umas cacimbas em forma de poços amazonas que eram chamados de barricas, de onde geralmente retirávamos água para o consumo diário. Na época das chuvas, este lugarzinho ficava cheio de vida, com pessoas tomando banho, lavado roupas, crianças brincando, e deixando aquele lugar particularmente animado. O riacho escorria suas águas de leste para oeste como que observando em silêncio o desenvolvimento da nossa pequena cidade, num contínuo movimento, seguindo seu curso e vivendo com todos uma história que ficou marcada na memória de muitos.





ORIGEM DO NOME DO BAIRRO CATROCÉ OU ALTO DA BELA VISTA EM EQUADOR.

  Um dos bairros mais antigos da nossa cidade é o bairro do Alto da Bela Vista que antigamente era chamado de “catrocé”. O antigo nome não existe no dicionário e foi criado por pessoas que moravam no centro da cidade e iam participar de um forró que tinha no local, sendo impedidos de dançar pelos proprietários. Com raiva da negativa, as pessoas xingavam de catrocé, e aos poucos a palavra foi sendo incorporada pelos moradores. Segundo relatos, estudantes que vinham de Parelhas num pau de arara, ficavam gritando a palavra com o objetivo de insultar os moradores. Na nossa cultura o significado de catrocé remete a junção de muitas coisas sem serventia, acúmulo de objetos sem valor e outros sinônimos. Antigamente a área era totalmente formada apenas por casas de Taipa que posteriormente foram erradicadas com um projeto do governo estadual e municipal. No ano de 1997, na administração do então prefeito Dr. Vanildo, com o intuito de melhorar as condições de vida, moradia e a estima dos habitantes, resolveu mudar o nome do local para um que desse (ênfase) a uma das qualidades daquela porção do território equadorense. A qualidade enfatizada foi a visão privilegiada dos outros bairros e a sua localização elevada, surgindo daí a junção de alto mais bela vista, batizando definitivamente de Alto da Bela Vista. É importante destacar o papel da pastoral da criança no desenvolvimento e busca de melhorias para o bairro.

Agradecimentos a Maria de Cupira Verônica Maria, Dona Maria Croazeira e Rinaldo.

OBS: Quem colocou esse nome Catrocé foi o meu irmão Berto Sabino de Oliveira. Em tom de brincadeira inventou esse nome na década de 70 para os moradores que residiam do outro lado da ponte do cemitério. (Zenon Sabino-Ex-prefeito)




O CEMITÉRIO PÚBLICO DE EQUADOR-RN

 Construído há muito tempo, o cemitério local é um lugar de despedidas e saudades para o povo equadorense, mas o que muitos não sabem é que este campo-santo tem outro nome.


No dia 26 de novembro de 1985 entra em vigor a lei n.º 279/85 sancionada pelo prefeito Francisco Grangeiro Diniz que atendia um requerimento do vereador João Santiago dos Santos (João de Zezé/atual vice-prefeito) criando o nome do cemitério público de nossa cidade.
Segundo a lei, o local recebeu o nome de cemitério público São José em homenagem ao marido de Maria de Nazaré, por ter sido JOSÉ SEVERIANO VIEIRA e que era uma criança, foi o primeiro cidadão sepultado nesta necrópole.


CURIOSIDADES/RELIGIOSIDADE DE EQUADOR: A CAPELINHA DO FINADO GERALDO

 No Tanquinho que é chamado e conhecido por todos como sítio do pinga, tem uma pequena capela no alto da serra que aguça a curiosidade de todos. A obra é, na verdade, o local onde foi encontrado o corpo de um jovem com deficiência, chamado Geraldo de Zé Vicente.

O rapaz era epiléptico e não tinha o costume de vir a cidade. Um dia seu pai lhe trouxe até o espaço urbano e assustado empreendeu fuga tentando voltar para casa. Sem conhecer completamente o local e desorientado, acabou se perdendo no meio da caatinga que neste período era bem mais densa.
Depois de muita procura, encontraram o corpo exatamente naquele local e supõe-se que tenha morrido de fome e sede. Como partes do corpo estavam faltando, contam que o rapaz apareceu em sonho ao senhor Zé Primo (meu avô) e apontou os locais onde estavam os demais membros.
A capela foi construída para marcar a área fúnebre, realizado momento de oração e o sepultamento foi feito no cemitério público conforme o costume cristão.

MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA EM EQUADOR-RN - JOSEFA ARLÍ

 Mulheres que fizeram História no Legislativo de Equador.


Arli vem do Latim e significa RAINHA.

Em Equador/RN, mais precisamente no dia 05/09/1956, nascia mais uma rainha Arli, dessa vez Josefa Arli de Azevedo Silva, filha de Francisco José Dantas e Santina Gomes de Azevedo e a partir daí, essa mulher guerreira deu início a sua brilhante trajetória de vida.

Seguindo sua caminhada, veio o período infância/adolescência em uma cidade do interior onde as dificuldades pairavam. Mas Arli não se curvou diante desses percalços que a vida oferece. Contrariando as exigências das dificuldades, ela viveu sua adolescência na certeza de conseguir se destacar entre tantas outras pessoas da mesma idade. Foi também uma época boa para se experimentar as delícias da vida, de viver e poder usufruir as fases saudáveis de uma jovem que vive no interior. Ela nunca se sentiu presa a nada. Arli foi aquela adolescente que pensava grande e não se sentia amarrada pela tradição ou por rótulos que a fizessem desistir de algum sonho ou luta. Ela fez o que foi necessário para se sentir bem consigo e vitoriosa com seus propósitos.

Como profissional trabalhou por 35 anos, exercendo a função de técnica em enfermagem e atuando como parteira nas atribuições de assistir às gestantes durante o parto natural, seja em domicílio, maternidades públicas e até em casas de parto. É função da parteira também prestar cuidados à parturiente, à puérpera e ao recém-nascido. Essa é Arli, mulher que nasceu para cuidar e servir, e serviu ao povo de Equador, indo além de suas obrigações... Certamente muitos lembrarão: quando algum equadorense morria, em um tempo onde não existia assistência funerária,  dona Arli era aquela que chegava junto a família para dar total assistência, organizando tudo e ficando como ombro amigo para as pessoas consternadas.  Durante sua vida profissional, ela trabalhou no Hospital e Maternidade Marina Bezerra, no município de Equador e no Hospital Estadual Mariano Coelho, na cidade de Currais Novos. Contribuindo durante tantos anos, trazendo vidas à terra, Arli se aposenta como parteira, mas sua vida não para!

Trazer crianças ao mundo de forma segura e saudável, tanto para elas quanto para suas mães, era a grande preocupação dessa profissional. Sabendo da necessidade de um acolhimento seguro e de boa qualidade, Arli entrou para a vida pública, na cidade de Equador/RN. Foi vereadora por dois mandatos, diretora do hospital da rede municipal, durante dois anos e secretária municipal de Saúde; Esse foi um grande e importante indicador na qualidade de luta na saúde pública ofertada para as pessoas em seu município.

Foram anos de luta e dedicação por uma causa. Arli foi incansável em seu propósito. Lutou, cumpriu sua missão corajosa e hoje consegue dizer que tudo valeu a pena. Arli é casada com José Geraldo da Silva, mãe de três filhos: Jardel Azevedo, Jardênia Azevedo e José Geraldo Júnior, avó de seis netos, Arli divide sua vida cuidando da família e preservando a natureza, em sua chácara.

Para Arli, não se pode saber o que acontecerá amanhã, mas diariamente ela diz ter a oportunidade de ao anoitecer agradecer por mais um dia de luta; descansar e acreditar que no novo amanhecer estará disposta a lutar novamente em busca da vitória.

 Em suas experiências, a ex-vereadora diz que seu bem mais precioso é a fé que devota ao Senhor Jesus Cristo.

"Sinto-me realizada. Deus e minha família são tudo para mim, e pela Graça do Senhor, irei caminhar confiante, até o dia que serei recebida por ELE; tendo cumprido da melhor maneira, minha missão por aqui".  


Texto Edione Oliveira e Jardel Azevedo


MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA EM EQUADOR-RN - MARIA ALVES DA SILVA ( MARIA DE SEU MARIANO)


 Mulheres que fizeram história no Legislativo Equadorense.


Vereadora Maria Alves da Silva, a terceira filha entre dez irmãos nasceu na Micro região da chapada do Apodi da cidade de Caraúbas /RN seus avós eram descendentes de Caboclo e índio Muito jovem veio morar em Equador em 1947. Onde viveu até seus últimos dias. Mulher simples de grande perspicácia. Tomava conta e sabia de tudo que se passava a sua volta Exímia cozinheira pois foi educada nessa área logo montou um restaurante bar em Equador onde labutou por décadas ajudando nosso pai Mariano Alves da Silva que na época era soldado da Polícia Militar sendo depois conhecido por Sargento Mariano. Dessa união nasceram três filhos. José Alves Sobrinho , Guiomar Alves da Silva e Guimar Alves da Silva. Dai surgindo então união luta ferrenha para deixar como herança para os filhos o conhecimento. Poucos sabem mais dominava as artes CRI muitas de suas variantes , cozinheira quituteira. Bordava pintava e era extremamente bondosa com as pessoas necessitadas e colaboradores em sua volta, doação de roupas ,leite comidas etc. que realizava nos fundos de nossa casa, daí advém o sem números de amigos, afilhados compadres… Por influência do nosso pai se candidatou a vereança de Equador e foi eleita em 1977 sem sair de casa, ela inverteu o processo natural as pessoas iam lá em casa afirmar que votariam nela e assim o fizeram. Lembro que na época a base social de nossa comunidade e alicerce representada pelas famílias Nóbrega, Marcelino, Sabino, Grangeiro, Primo, Morais , Marcolino, Soares , Vitorino, Pontual , Oliveira, Batista, Rosendo, Brito, Martins, Bulcao, Viana, em nome das quais referencio as demais famílias raizes de nossa terra Equador.


Respeitosamente José Alves Sobrinho.

MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA NA NOSSA CIDADE-Biografia de Eliza Gomes da Costa Dantas

 





Eliza
 Gomes da Costa Dantas, filha do casal José Primo Filho e Rita Maria da Costa, nasceu no dia 11 de setembro de 1948 no sítio Serra Redonda município de Equador. No dia 26 de novembro de 1965 casou-se com José Azevedo Dantas na igreja Matriz de São Sebastião, tendo como celebrante o Padre José Galvão. Desta união tiveram nove filhos: Valmir Dantas da Costa, Vilma Dantas de Azevedo (falecida recém nascida), Maria de Fátima Azevedo, Maria do Socorro Azevedo, Edivanaldo Dantas da Costa, José Júnior Dantas, Maria Adriana Azevedo, Lenildo Dantas Azevedo e Andréa Régia Azevedo. Conhecida publicamente como Eliza de Zé Primo ou Eliza de Zé Azevedo, dedicou grande parte de sua vida a agricultura e criação dos oito filhos.
Exerceu no município de Equador a função de professora do MOBRAL, se dedicou as atividades religiosas, sendo muito devota de Nossa Senhora, realizou muitas novenas em homenagem à santa nas localidades rurais e em casa de amigas.
Nos anos 80 dedicou-se ao lado dos filhos e marido as atividades de um bar muito frequentado na cidade sendo sempre muito solidária e acolhedora com os mais necessitados.
No ano de 1992, à (convite) do então candidato de oposição, Francisco Grangeiro Diniz, Candidatou-se ao cargo de vereadora obtendo na (época) 87 votos, empatando com o também candidato Arnor Batista e sendo eleita pelo critério desempate por ser mais velha.
Em 1996 foi eleita novamente e em seguida passou a apoiar o então prefeito eleito doutor Vanildo Fernandes Bezerra.
No ano 2000 obteve novamente a vitória para exercer mais um mandato de vereadora, sendo escolhida também pelos seus pares como presidente da câmara. Durante sua administração fez uma ampla reforma no atual prédio da casa legislativa José Batista de Oliveira. Neste mesmo mandato ainda ocupou a vice-presidência ao lado de Josimar Antônio de Souza.
Em 2004 exerceu seu 4.º e último mandato, sendo considerada a “vereadora do povo”, por causa do seu incansável trabalho social e de assistência aos mais carentes.
Em 2008 perdeu a eleição e em 2009 foi nomeada pelo prefeito Doutor Vanildo Fernandes Bezerra que a incumbiu da função de secretária de agricultura. No ano de 2012, candidatou-se ao cargo de vice-prefeita ao lado de Sebastião Carlos Dérick e foram derrotados por 75 votos.
Hoje aposentada, dedica-se a família, igreja, aos trabalhos de costura, artesanato e agricultura.

CÓPIA DA LEI QUE CRIOU A BANDEIRA OFICIAL E O BRASÃO DE ARMAS DE EQUADOR

 


LEI MUNICIPAL Nº 233/81.

 Regulamenta a Criação da Bandeira e Brasão D’armas do Município de Equador, e dá Outras Providências. 

O Prefeito Municipal de Equador Estado do Rio Grande do Norte, no uso de suas atribuições legais, promulga a seguinte  Lei: Aprovada pela Câmara de Vereadores desta Cidade.

Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado à criação da Bandeira representativa do Município de Equador com a seguinte regulamentação: a forma da Bandeira será retangular com 1,50 X 1,00 (Um metro e cinquenta de largura por um metro de altura) (medidas oficiais), nas cores indicadas pelo histórico em que descreve minuciosamente as características simbólicas da Bandeira e do Brasão.

Art. 2º - O desenho original da Bandeira e do Escudo será arquivado na Prefeitura e dele  se tirará cópias.

Art. 3º - A Bandeira Municipal será hasteada nas Datas Comemorativas, tanto Nacionais, Estaduais e Municipais ao lado esquerdo do Pavilhão Nacional.

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Equador, 19 de Junho de 1981.

 

 Francisco Sabino de Oliveira -prefeito                                                                                                                                                                                                        Luzia Aurélio Bulcão -Secretária














 


LENDA URBANA DE EQUADOR: O JUAZEIRO DAS ALMAS




 Todo nordestino que se preze conhece o juazeiro, uma planta frondosa que se mantém verde durante todo ano representando a força, coragem e resistência do povo do nosso sertão.

O juazeiro do Equador-RN tem uma importância muito simbólica para o nosso povo e o principal motivo é ter servido de abrigo para os corpos das pessoas carentes da zona rural que eram trazidos em redes e aguardavam na sobra desta planta pela chegada de um caixão (urna) comunitário.
Funcionava assim: no cemitério tinha uma pequena capela que abrigava dois caixões comunitários da prefeitura, pois, a cidade não tinha casa funerária e a quantidade de moradores na zona rural era muito grande. Outro fato interessante sobre esta área é que foram sepultados muitos anjos naquele sítio, pois, neste tempo os chamados “pagãos” não podiam ser enterrados no cemitério cristão e era um tempo de muita mortalidade infantil.
A fama de juazeiro das almas se deve por servir de abrigo para estes corpos e do relato de alguns antigos moradores que diziam que naquele lugar sempre era possível ver na calada da noite, espíritos vagantes a espera do seu caixão.
Sugiro aos futuros governantes que construam uma praça memorial e exatamente no local onde existia o antigo juazeiro, seja plantado uma árvore semelhante.