HISTÓRICO DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM EQUADOR-RN



       A Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Equador-RN, teve seu início nos primórdios dos anos 70, quando, para glória do nosso Deus, chega a este lugar o Pastor Raimundo João de Santana (In Memoriam) vindo da cidade de Parelhas e realiza o primeiro culto e, juntamente com alguns irmãos abre o trabalho de Deus nesse lugar.

      No mês de junho de 1970, o irmão Severino Anísio (In Memoriam) vindo da capital do Estado, assume a direção dos trabalhos; os cultos são realizados em um pequeno salão alugado na Rua José Francisco. Passados alguns tempos, o Senhor Alírio Balduino (In Memoriam) doa um terreno localizado na Rua São Sebastião.

       O número de irmãos era bem reduzido e as condições eram as mínimas possíveis, mas com muito esforço, dedicação e ajuda advinda da capital, o irmão Severino Anísio consegue construir o templo onde os irmão passaram a adorar a Deus com mais dedicação e vigor espiritual.

      À medida que o tempo passa Deus vem abençoando a sua igreja, vários pastores já deram a sua contribuição e hoje contamos com mais de 200 membros, além de muitas crianças, jovens e adolescentes. A igreja realiza batismos, santa ceia, casamentos, congressos de jovens e senhoras, cruzadas evangelísticas e outras atividades. Realiza culto de missões, libertação, ação de graças, estudos bíblicos, escola dominical, etc.

      Durante um longo período de sua história, a igreja foi dirigida por alguns irmãos locais que muito contribuíram na expansão do reino de Deus, dentre esses irmãos, podemos citar:

Bernardino dos Santos (In Memoriam)

Inácio Theodósio (In Memoriam)

Francisca Donato (In Memoriam)

Maria de Dé (In Memoriam)

Rita Limeira

Francisco Sales

Iran Souza

Moacir

      Com o passar do tempo, Deus foi abençoando e a igreja começou a receber pastores para aqui residirem e continuarem a obra do Senhor.

1º Severino Anísio ( In Memoriam)

2º Martin Alves da Silva – atual presidente da Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte

3º Francisco Raimundo (In Memoriam)

4º José Bento da Costa  (In Memoriam)

5º Nazareno Maranhão (In Memoriam)

      De 90 a 92 Parelhas era responsável enviando irmãos para dar assistência à obra do Senhor.

6º Josemar Belarmino – 93/96

7º Romão Monteiro Galvão – 96/2000

8º Amauri Félix 2000/2002

9º Romeu Fernandes Veras Júnior – 2002/2007

10º Severino Ramos – 2008

11º Romualdo da Costa – 2009/2016

12º Erivan Martins – 2016

      O primeiro Círculo de Oração de Senhoras foi realizado em 09 de junho de 1987 na direção do pastor José Bento da Costa, as dirigentes foram sua esposa irmã Anália, irmã Sebastiana e irmã Cícera. O primeiro Círculo de Oração de Mocidade realizado em 27 de junho de 1987 sob a direção da irmã Bernadete, ocasião em que existiam apenas 2 jovens e 3 pré-adolescentes.

      O departamento de senhoras teve início no ano de 1996 na direção do pastor Josemar Belarmino, as dirigentes eram sua esposa irmã Ezilda, Cícera, Sebastiana e Claúdia Barbosa.

      À medida que o tempo passa, a igreja caminha no mover do Espírito Santo, hoje conta com mais de 300 irmãos, sendo 200 membros, 140 congregados, incluindo crianças e adolescentes, seu corpo ministerial é composto por 3 presbíteros, 02 diáconos e 15 auxiliares que se distribuem para realizar a missão que Deus tem designado.

     Atualmente, nossa igreja também conta com mais três congregações além de pontos de pregação na zona rural. Dispõe de vários departamentos dentre eles o Departamento Feminino – DEFADERN, o Departamento de Jovens – DEJAD, o Departamento Infantil – DEPIN, o Projeto Mãos que Ajudam, cujo objetivo é ajudar as pessoas no plano material, social e também espiritual, temos ainda o Conjunto de Senhoras Heroínas da Fé, Conjunto da Mocidade Renovo de Davi, Conjunto de Crianças Estrela da Manhã, o Grupo de Louvor El Shamáh, a Bandinha Renovação, o Departamento de Missões e a Comissão de Visitas. Todos esses departamentos desenvolvem inúmeras atividades em prol do reino de Deus.



QUANTOS ANOS TEM A IGREJA MATRIZ DE EQUADOR?

 Sabe quantos anos tem a nossa igreja Matriz?

O início da construção foi 11/12/1925 e concluída depois com o trabalho realizado principalmente pelo vereador José Batista de Oliveira. De acordo com esta data de início, a nossa matriz completará em dezembro 97 anos.


EQUADOR-ELIZIANE BALDUÍNO



 

Equador-por Eliziane Balduino 

 

E as memórias me chamam

Me imploram pedindo uma narração

De cada recanto desse paraíso

Cada via, era uma artéria do meu coração.

 

Quando painha parava em João Galo

Colocar a prosa em dia era sentença.

A ansiedade tomava conta,

E a demora se tornava imensa.

 

E a festa começava ainda na estrada

Que do alto já se dava para ver

O telhado das casas, o sobrado,

Chegando na ponte de Maria Pê.

 

A vontade de chegar era um mundo,

Mas ali na entrada tinha uma parada.

A corrente do posto era o passaporte

Nenê do posto com sua risada.

 

Bem ao lado, outra paradinha,

Ter a benção de Homero e Isaura 

Um Papinho com Sr. Mariano,

Já na chegada, alegria exaura.

 

Arquitetura que era a história,

Prédios, bodegas, esquinas,

Sinucas, igrejas, açougue, mercado,

E o nobre sobrado de Generina.

 

Mas a casa estava logo ali,

E o carro enfim parava.

Nossa casa, humilde, feliz

De braços abertos nos esperava.

 

E no boca a boca,

No disse me disse da cidade,

A notícia se espalhava,

Já chegavam as amizades.

 

Meu pai logo ia às ruas,

Cada esquina dava uma assembleia.

Os amigos reunidos,

Prosa, riso, negócios, tanta ideia.

 

E a gente eufórica, rica

De vivências, vaivém.

Desenhava a natureza

De quem nos queria bem.

 

Nós trazíamos na bagagem

Amor, carinho, alegria.

Pra distribuir com todo mundo

Durante aqueles áureos dias.

 

Como esquecer os detalhes

De tanta coisa vivida.

O barulhar das pedrinhas,

No chão, nas mãos, na partida 

 

E o balanço da rede,

Os voos nos levavam ao alto.

Brincar de patins na praça

E de beijoca, ah! Que barato!

 

Eu sinto forte em meu rosto

Os pingos doces nos banhos de inverno

Arrodeando o mercado,

Raios, trovões, quanto esmero.

 

E a voz de d. Cleonice

Ressoa no meu ouvido

Na difusora que espalhava

O anúncio, a morte, a notícia, um mito.

 

O fim da tarde orquestrada

Por um concerto sem igual

Pelo relinchar dos jumentos

Que som ímpar, sensacional!

 

E quem não caiu no poço,

Esperando alguém tirar,

Era um jeitinho inocente

De aprender a beijar 

 

No largo da igrejinha,

Ou nos batentes da matriz

Namoro amizades, brincadeiras,

Aprendendo a ser feliz.

 

E as festas tão esperadas,

Carnaval, são João, são Sebastião.

Era uma preparação constante

Aperto no coração.

 

Quando o Natal chegava

Quão belas cestinhas havia.

Pedir festas, tradição

Receber com garantia.

 

Aderbal, Manoel Alfredo, Zé Marcelino,

Zé Alfredo, Zé Soares, Dodó, Chico Fumeiro, ou Granjeiro.

Oliveira, Liro Balduíno, João Viana, Ciço, Severino Marcelino, Zequinha sanfoneiro.

Davam festas: bombom, pipoca, chocolate e até dinheiro.

 

Ah! Como esquecer nas festas,

Tanta coisa boa que tinha.

Pavilhão, procissão, baile,

Namoro com força, top de linha!

 

E conhecer o cinema

Daquela forma tão peculiar,

Mexia o cérebro da gente,

Cabeça, corpo, mente, ar.

 

Levar a cadeira pro mercado,

Esperar ficar escuro,

A projeção na parede,

Meu Deus, aquilo era ouro. puro!

 

E aos domingos, que tradição.

Missa e feira na hora certa.

Pé. Raimundo e a cidade

Celebrando Equador completa.

 

E na igreja "dos crentes"

Tinha a escola dominical,

Minha vó Chiquinha e outros servos

No seu próprio ritual.

 

Essa cidade tem narrativa

Pra preencher todo o Geo.

Não há poema que cesse

O glamour , o doce mel.

 

Enfim, Equador, ecoo em pranto,

Clamo ao teu poder público meu grito.

Não permitam que mal te aconteça

Só te façam crescer, ser mais bonito.

 

Hoje Pãozinho de Açúcar,

Não menor para minha euforia,

Te entrego  meu amor aos montes

Nesse idílio, nessa poesia.

 

Numa saudade infinita, para meu EQUADOR!

15:09

Eliziane de Oliveira Balduíno

14/07/2018

AS CASAS DE TAIPA EM EQUADOR.

A nossa cidade atualmente tem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) considerado de médio desenvolvimento, mas nem sempre foi assim! Até os anos de 1997/2005, éramos considerados uma das mais pobres do estado do Rio Grande do Norte. Era comum, termos várias casas de taipa as margens da RN 086 que abrigava várias famílias. As casas feitas de barro e de madeira, era a expressão mais forte do desejo destas famílias de possuírem sua residência própria.

Engana-se quem pensa que essas moradias ocupavam apenas o Alto da Bela Vista que era conhecido por catrocé. Em vários lugares e pontos da área urbana de Equador poderíamos encontrar casas neste estilo e até ruas inteiras com estas formações de barro cru. Um exemplo disto era a sequência de casas que encontrávamos após o portal do Conjunto COHAB (Alto do Juazeiro), Rua Marechal Costa e Silva e Rua Benedito Tavares. Em outros locais da região urbana também era comum a presença deste tipo de construção.

A erradicação veio na administração do prefeito doutor Vanildo, aliado ao governo do estado que criou um programa de erradicação das casas de taipa em nossa cidade e alterou a paisagem destes locais. A rua de casas do conjunto COHAB foi transferido para outro local e construído moradias de alvenaria com uma estrutura bem melhor.

Obs: Complementando a informação: antes do projeto de erradicação total, o prefeito Francisco Sabino de Oliveira construiu casas de alvenaria na rua Marechal Costa e Silva e O prefeito Francisco Grangeiro Construiu algumas casas no Alto da Bela Vista. ( Informações de Zenon Sabino e a moradora Maria Aparecida Ferreira.)

Fotos: Facebook de Zenon Sabino (ex-prefeito)





OS ANTIGOS TANQUES NATURAIS DE MARIA PÊ

 Os tanques de Maria Pê não tem mais a mesma grandiosidade de outrora e sinceramente me pareciam ser maiores. Em um tempo que a nossa cidade não tinha água encanada, era deste lugar que muita gente abastecia suas casas na época chuvosa.










O RIACHO DE MARIA PÊ

 Falar sobre memórias de Equador e não falar do Riacho de Maria PÊ é mesmo que nada. Quem vê hoje este córrego morto e poluído, não imagina que um dia este era um lugar de muita utilidade para a cidade e diversão para todos. Este riacho oficialmente registrado no IBGE como “riacho Equador”, popularmente é conhecido por todos como Rio de Maria Pê, nome em alusão a antiga proprietária do terreno. Existia no leito deste regato, umas cacimbas em forma de poços amazonas que eram chamados de barricas, de onde geralmente retirávamos água para o consumo diário. Na época das chuvas, este lugarzinho ficava cheio de vida, com pessoas tomando banho, lavado roupas, crianças brincando, e deixando aquele lugar particularmente animado. O riacho escorria suas águas de leste para oeste como que observando em silêncio o desenvolvimento da nossa pequena cidade, num contínuo movimento, seguindo seu curso e vivendo com todos uma história que ficou marcada na memória de muitos.






ORIGEM DO NOME DO BAIRRO CATROCÉ OU ALTO DA BELA VISTA EM EQUADOR.

 Um dos bairros mais antigos da nossa cidade é o bairro do Alto da Bela Vista que antigamente era chamado de “catrocé”. O antigo nome não existe no dicionário e foi criado por pessoas que moravam no centro da cidade e iam participar de um forró que tinha no local, sendo impedidos de dançar pelos proprietários. Com raiva da negativa, as pessoas xingavam de catrocé, e aos poucos a palavra foi sendo incorporada pelos moradores. Segundo relatos, estudantes que vinham de Parelhas num pau de arara, ficavam gritando a palavra com o objetivo de insultar os moradores. Na nossa cultura o significado de catrocé remete a junção de muitas coisas sem serventia, acúmulo de objetos sem valor e outros sinônimos. Antigamente a área era totalmente formada apenas por casas de Taipa que posteriormente foram erradicadas com um projeto do governo estadual e municipal. No ano de 1997, na administração do então prefeito Dr. Vanildo, com o intuito de melhorar as condições de vida, moradia e a estima dos habitantes, resolveu mudar o nome do local para um que desse (ênfase) a uma das qualidades daquela porção do território equadorense. A qualidade enfatizada foi a visão privilegiada dos outros bairros e a sua localização elevada, surgindo daí a junção de alto mais bela vista, batizando definitivamente de Alto da Bela Vista. É importante destacar o papel da pastoral da criança no desenvolvimento e busca de melhorias para o bairro.

Agradecimentos a Maria de Cupira Verônica Maria, Dona Maria Croazeira e Rinaldo.

OBS: Quem colocou esse nome Catrocé foi o meu irmão Berto Sabino de Oliveira. Em tom de brincadeira inventou esse nome na década de 70 para os moradores que residiam do outro lado da ponte do cemitério. (Zenon Sabino-Ex-prefeito)

 





O CEMITÉRIO PÚBLICO DE EQUADOR-RN

 Construído há muito tempo, o cemitério local é um lugar de despedidas e saudades para o povo equadorense, mas o que muitos não sabem é que este campo-santo tem outro nome.

No dia 26 de novembro de 1985 entra em vigor a lei n.º 279/85 sancionada pelo prefeito Francisco Grangeiro Diniz que atendia um requerimento do vereador João Santiago dos Santos (João de Zezé/atual vice-prefeito) criando o nome do cemitério público de nossa cidade.
Segundo a lei, o local recebeu o nome de cemitério público São José em homenagem ao marido de Maria de Nazaré, por ter sido JOSÉ SEVERIANO VIEIRA e que era uma criança, foi o primeiro cidadão sepultado nesta necrópole.



CURIOSIDADES/RELIGIOSIDADE DE EQUADOR: A CAPELINHA DO FINADO GERALDO

 No povoado de Tanquinho, conhecido por todos como Sítio do Pinga, há uma pequena capela situada no alto da serra, um ponto que desperta a curiosidade dos moradores e visitantes. Essa construção, singela mas carregada de significado, marca o local de um episódio trágico que se tornou parte da história da região.

A capela foi erguida no exato ponto onde, anos atrás, encontraram o corpo de um jovem com deficiência chamado Geraldo, filho de Zé Vicente. Geraldo era epiléptico e levava uma vida reclusa, raramente visitando a cidade. Certo dia, seu pai decidiu levá-lo até o espaço urbano, talvez na tentativa de integrar o filho a uma nova rotina. No entanto, diante do ambiente desconhecido e tomado pelo medo, o rapaz fugiu na tentativa de retornar para casa.

Sem familiaridade com o trajeto e desorientado, ele se embrenhou na caatinga, que, na época, era ainda mais densa e inóspita. Os dias se passaram e, apesar das buscas incessantes, apenas depois de um tempo encontraram seu corpo naquele exato local. Acredita-se que tenha morrido de fome e sede, sem conseguir reencontrar o caminho de volta.

Um detalhe sombrio marcou ainda mais essa história: quando o corpo foi encontrado, alguns membros estavam ausentes, possivelmente devido à ação de animais da região. Segundo relatos, pouco tempo depois do ocorrido, Geraldo teria aparecido em sonho para um homem chamado Zé Primo — meu avô — revelando os locais onde estavam as partes de seu corpo. Impressionado com a visão, ele compartilhou a experiência, e a busca se reiniciou, levando à descoberta dos restos mortais.

Como era costume cristão, o sepultamento de Geraldo foi realizado no cemitério público da cidade. Para manter viva sua memória e marcar o local onde foi encontrado, a comunidade ergueu a pequena capela, transformando-a em um espaço de oração e respeito. Com o passar dos anos, a história de Geraldo de Zé Vicente se consolidou como uma lenda local, carregada de misticismo e fé, perpetuada pelas gerações que cresceram ouvindo sobre a capela no alto da serra.