LENDA DE EQUADOR: A BOTIJA DA BARAÚNA

 Uma botija é um utensílio ou jarro de cerâmica ou barro que era utilizado para guardar objetos, especialmente joias, dinheiro e outros itens de valor. Antigamente, as pessoas, temendo os cangaceiros que rondavam a região, tinham o costume de esconder seus bens mais preciosos em moringas, potes e outros recipientes. Esses objetos eram cuidadosamente escondidos em paredes, quintais, muros ou perto de plantas, para que pudessem ser facilmente localizados posteriormente. Muitos, no entanto, faleciam sem usufruir dessa riqueza, permanecendo espiritualmente ligados a esses tesouros.


Um senhor da nossa cidade teve um sonho com uma dessas "almas penadas". No sonho, a alma pedia para que ele fosse sozinho até uma baraúna e desenterrasse uma botija que estava enterrada naquele exato local, libertando-a assim do terrível castigo divino. Ainda no sonho, a alma alertou que ele deveria ir sozinho e que enfrentaria forças sobrenaturais, mas que deveria ignorá-las.


O homem destemido seguiu as instruções. Foi ao local indicado e começou a escavar. Apesar das intervenções do além, ele encontrou todas as relíquias que estavam escondidas. Não se sabe ao certo o que foi feito com todo o tesouro encontrado, mas alguns amigos viram moedas de ouro maciço em posse desse cidadão, que rapidamente comprou terras, gado e outros bens.


Como tudo na vida tem um custo, esse senhor, cujo nome vamos omitir, perdeu a esposa, a família e até pessoas próximas faleceram em acidentes inexplicáveis. Se tudo isso foi obra do destino, não saberemos, mas comentam que toda botija vem com uma maldição.


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