No ano de 1965, uma mulher de fé inabalável, Ana Alves da Cunha, enfrentava uma grande tribulação em sua casa. Seu filho sofria com uma grave enfermidade nos olhos, e apesar de todas as tentativas médicas, não havia mais respostas concretas. A incerteza, o medo e a preocupação consumiam sua família.
Diante do sofrimento e da impotência, Dona Ana voltou-se para sua fé, buscando refúgio em Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em meio a suas orações, fez uma promessa:
— Se meu filho for curado, construirei um cruzeiro no alto da pedra, colocarei a imagem da santa e mandarei celebrar uma missa em sua honra.
Milagrosamente, seu filho foi curado, e Dona Ana, fiel à sua palavra, cumpriu a promessa. No topo de uma imponente pedra, ergueu um cruzeiro e ali colocou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em um ato de gratidão e devoção, organizou uma celebração especial, e a primeira missa foi presidida pelo então padre Galvão.
Com o passar dos anos, a fé dos devotos transformou o local em um ponto de peregrinação. A tradição se fortaleceu e, posteriormente, uma segunda capela foi construída por iniciativa de um vereador da cidade de Tenório-PB, permitindo que os fiéis pudessem deixar suas imagens, fotos e objetos de promessas e pedidos.
Hoje, o cruzeiro e a capela são símbolos da fé e da devoção popular, um local onde romeiros, fiéis e visitantes buscam não apenas pagar promessas, mas também se conectar com o sagrado e renovar sua esperança. O silêncio do lugar, a paisagem imponente e a força da história que ali se desenhou fazem desse ponto um verdadeiro refúgio espiritual, carregado de misticismo e fé.
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